Combustível do Futuro coloca o Brasil na vanguarda da sustentabilidade
A indústria do etanol e dos biocombustíveis tem sido alvo de intenso lobby e pressão política. Em novembro, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou resolução permitindo a utilização de biodiesel importado na mistura obrigatória com diesel fóssil; no mês seguinte, o governo recuou sob pressão da associação brasileira da indústria de óleos vegetais e suspendeu as importações. No mercado nacional de produção de biodiesel – o mais bem-sucedido biocombustível do país –, a liderança pertence à Be8, que exporta o produto para a Europa e os Estados Unidos. No ano passado, quando faturou R$ 9,6 bilhões, a companhia produziu mais de 889 milhões de litros desse combustível, o que representa 14,24% do market share do segmento. Como toda mudança, serão importantes as ações de fiscalização e educação do mercado, com os quais o ICL se compromete a apoiar.
A aprovação final do projeto representará um marco importante na política energética do Brasil e abrirá caminho para um futuro mais sustentável para o país. Segundo dados da ANP, a adulteração na gasolina C acontece geralmente com o aumento da quantidade de etanol anidro acima do limite permitido por lei, com registros de teores acima de 70%. O índice de não conformidade da gasolina tipo C equivale a 691 milhões de litros vendidos. No diesel, tem sido crescentes as identificações de diesel sem o correto teor de biodiesel. O Instituto Combustível Legal (ICL) considera positiva a aprovação do programa Combustível do Futuro pela Câmara dos Deputados.
Com otimismo, a IATA estima que a adoção de combustíveis sustentáveis poderá contribuir com uma queda de 65%, em 2050, nas emissões provocadas pelos aviões. No ano passado, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), a produção mundial dessas variedades ecologicamente corretas totalizou de 300 a 450 milhões de litros. Mas os investimentos nesse tipo de combustível tendem a aumentar nos próximos anos.
Se o projeto também for aprovado no Senado, poderá ser um grande impulso para a indústria brasileira de etanol. O país já é um dos maiores produtores mundiais de etanol e o aumento da taxa de mistura criaria ainda mais procura. A Raízen, por exemplo, passou a comercializar no ano passado o etanol de segunda geração (E2G), um dos combustíveis com menor pegada de carbono.
Um Só Planeta
Também chamado de bioetanol, etanol verde ou etanol celulósico, é feito a partir de resíduos vegetais – vale palha, folhas e bagaço, entre outros itens do gênero. “Os biocombustíveis são uma solução competitiva para superarmos, no curto prazo, os desafios da descarbonização”, afirma Erasmo Carlos Battistella, fundador e presidente da Be8. “Essa alternativa não depende de investimento em infraestrutura ou troca de motores, como no caso da adoção do hidrogênio e do biometano, e até mesmo dos veículos elétricos”. A companhia também pretende produzir etanol em grande escala a partir do processamento de cereais como milho, trigo, arroz e sorgo. Em outubro, ela lançou um novo biocombustível, o Be8 BeVant, que serve de alternativa para o óleo diesel, cuja queima é altamente poluente. Trata-se de um metil éster bidestilado que pode ser usado para abastecer qualquer veículo a diesel, a exemplo de caminhões e ônibus.
Como a corrida dos biocombustíveis pode ajudar o setor de transportes na descarbonização
Fundado em 1997, o site Notícias Agrícolas é, atualmente, um dos mais importantes meios de comunicação doagronegócio brasileiro. O portal preza pela comunicação direta com os produtores rurais e cria um espaço comampla diversidade de opiniões e informações em tempo real, com conteúdo de qualidade para que nossos usuáriospossam tomar sempre as melhores decisões. A eficiência energética é essencial para filtros de ar em sistemas de climatização HVAC-R, em português, AVAC-R (Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração). Por se tratar de um combustível “drop-in”, as melhores experiências internacionais sugerem que a obrigação se dê no início da cadeia de valor, produtores e importadores, com ganhos de eficiência logística e, principalmente, maior facilidade de fiscalização. O ICL tem continuamente apoiado as fiscalizações da ANP e demais órgãos competentes e seguirá atuante em prol de um mercado mais regular e melhor combustível para o consumidor final.
De acordo com a consultoria ReportLinker, os combustíveis limpos movimentaram US$ 1 bilhão em 2022 – e o valor deve chegar a US$ 1,9 bilhão em 2030, um salto de quase 100%. Por todos esses fatores, a descoberta do LNBR foi vista com otimismo pelas companhias aéreas, ainda fortemente dependentes do querosene. Globalmente, o segmento consome cerca de 390 bilhões de litros desse combustível – e apenas 14 milhões de litros de alternativas sustentáveis. Em relação ao diesel verde, que é produzido a partir do processamento de gorduras animais ou de óleos vegetais, como o de soja e o de palma, o Be8 BeVant custa quase a metade. E, na comparação com o diesel mineral (o tradicional), a novidade reduz as emissões da temida fumaça preta em até 90%, e as de monóxido de carbono em até 50%. Para atingir a mesma economia de CO2eq, seria preciso plantar quase cinco bilhões de árvores nativas e mantê-las em pé por 20 anos.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a produção nacional desse biocombustível deverá chegar a 7,3 bilhões de litros em 2023, um recorde. Um dos players do segmento é a JBS, que montou uma subsidiária só para produzir biodiesel. E, recentemente, a 3tentos obteve aval para começar a produzir o combustível em Mato Grosso. As companhias aéreas comprometeram-se a atingir a neutralidade de carbono até 2050. A essa altura, se o querosene de aviação continuar reinando, o setor vai atingir a marca de 1,8 bilhão de toneladas de emissões por ano.
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Também por ser misturado com o diesel tradicional, sem prejuízo para o funcionamento dos motores. É indicado tanto para veículos quanto para geradores de energia e equipamentos utilizados por setores diversos. No que tange ao etanol, o ICL defende a imediata entrada no sistema de monofasia – com alíquota uniforme, cobrada na produção/importação e fixa por litro de combustível (ad rem), como já ocorre na gasolina e no diesel. Esta ação reduzirá fraudes tributárias, muito comuns em empresas de fachada, criadas simplesmente para sonegar e constituir lucros gerando dívidas ativas de bilhões de reais para estados e União. Outro ponto em destaque é arcabouço legal para a captura e armazenamento de carbono (CCS). Esse processo com bioenergia pode ser uma alternativa importante nos próximos anos, utilizando o gás emitido durante o processo de fermentação do etanol ou mesmo durante a conversão do biogás em biometano.
Em vez disso, exige que as companhias aéreas reduzam as suas emissões em 10% até 2037. O Instituto ainda considera relevante a inclusão no “Combustível do Futuro” de novas rotas tecnológicas verdes para os biocombustíveis, caso do HVO, que faz parte do Programa Nacional de Diesel Verde. O ICL acredita que o programa fomentará a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso desse biocombustível. Mas, existe, na visão do Instituto, um ibc 1000 litros grave risco de fraude se todas as distribuidoras não incorporarem a quantidade mínima (em volume, até 3%) que o CNPE fixará, a cada ano de diesel verde, mais caro, a ser adicionado ao diesel de origem fóssil. A enzima pode ser a chave para a produção de catalisadores renováveis para a aviação a partir de diferentes matérias-primas – soja, macaúba ou milho transformados em biomassa, por exemplo, ou palha e bagaço de cana-de-açúcar.
Para tirar o oxigênio de catalisadores metálicos, é preciso submetê-los a um processo bastante nocivo ao meio ambiente, que envolve pressão e altas temperaturas. Já os catalisadores associados à descarboxilase favorecem a desoxigenação dos combustíveis sem colaborar para as mudanças climáticas. “O PL estabelece mais um passo importante na consolidação da bioenergia como uma alternativa efetiva de Descarbonizacao no Brasil.